Qual a importância da higiene pessoal?
Atitudes corriqueiras de higiene pessoal como lavar bem as mãos, higienizar os dentes e tomar banho são práticas que, apesar de simples, impactam fortemente nossa saúde, evitando doenças e contaminações.
Sem dúvida a higiene pessoal nos acompanha e evolui conforme os contextos históricos se modificam, tendo como exemplo, o aumento do uso de álcool em gel e sabonetes nos últimos tempos.
Com o objetivo de abordar sobre a história da higiene pessoal no trabalho e em casa, preparamos esse artigo. Nele você verá a história dos nossos hábitos de higiene, sua importância e, por fim, produtos adequados que te auxiliarão na preservação da sua saúde.
Se desejar, você pode consumir desse conteúdo em forma de áudio em nosso podcast de limpeza profissional. Vamos lá?
SUMÁRIO:
- O que é higiene pessoal?
- Quais são os tipos de higiene?
- Qual a importância da higiene das mãos?
- A evolução da higiene pessoal ao longo da história;
- Qual a relação da higiene pessoal no trabalho em hospitais?
- A importância da higiene pessoal na medicina e na enfermagem;
- A relação com a higiene entre indígenas e portugueses no Brasil colonial;
- Como é o mercado de higiene pessoal no Brasil?
- A relação entre manipulação de alimentos e higiene das mãos em cozinhas e restaurantes;
- Guia prático: 6 dicas para higiene pessoal.
O que é higiene pessoal?
Tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos estão entre os principais cuidados de higiene pessoal, sendo essenciais no combate aos microrganismos prejudiciais à saúde, como vermes e bactérias.
Primeiramente, antes de mergulhar na história, vamos compreender melhor sobre do que trata-se a higiene pessoal.
Como exemplificamos anteriormente, a higiene pessoal pode ser definida como um conjunto de práticas que todas as pessoas deveriam realizar, diariamente, em relação à limpeza e asseio do próprio corpo.
O ritual de escovar os dentes logo pela manhã ajuda em nossa saúde.
Os hábitos que envolvem a higiene pessoal no trabalho e em casa são procedimentos importantes na promoção da saúde e do bem-estar das pessoas. Mas é fundamental que esses hábitos sejam constantes, mantidos dia após dia, para que, assim, o corpo consiga se fortalecer, se manter limpo e evitar uma série de males.
Quais são os principais tipos de higiene?
- Higiene das mãos: é essencial para bloquear a disseminação de doenças, especialmente antes das refeições, após o banheiro e ao voltar para casa.
- Higiene bucal: escovar dentes e usar fio dental é fundamental para evitar cáries, gengivite e halitose.
- Higiene coletiva: é vital para prevenir doenças e promover ambientes saudáveis, envolvendo limpeza de espaços compartilhados e práticas de higiene pessoal.
- Higiene corporal: implica tomar banhos frequentes para remover sujeira, bactérias e excesso de óleo da pele, evitando mau cheiro e infecções da pele.
Qual a importância da higiene das mãos?
Como aspecto fundamental da higiene pessoal, temos a lavagem das mãos, como já falamos acima. É essencial lavar as mãos com água e sabonete antes e depois de ir ao banheiro, antes de cozinhar e de ingerir alimentos e após chegar em casa de atividades na rua.
Mas, além das mãos, é importante aparar as unhas e mantê-las limpas. Esta prática colabora para a higiene pessoal. Especialistas da área da saúde e cientistas afirmam que a higiene pessoal é uma aliada na prevenção de doenças infecciosas, que causam, por exemplo, diarreia, gripe ou resfriado.
No Brasil, segundo o estudo Suabe, que entrevistou 150 mães donas de casa, em São Paulo, foi constatado que 65% das crianças apresentaram coliformes fecais nas mãos após irem ao banheiro. Entre as principais bactérias encontradas estavam Enterococcus e Escherichia Coli, responsáveis por desencadear doenças gastrointestinais.
Dessa forma, fica evidente que a higiene pessoal correta ajuda a blindar a saúde humana de diversas doenças e a melhorar a qualidade de vida.
Guia prático: 6 dicas para higiene pessoal
Agora que você já sabe o que é higiene pessoal e depois de percorrer por vários de seus aspectos e contextos históricos, apresentamos a seguir um guia com 6 principais atitudes que vão garantir mãos e corpo limpos, higienizados e com mais saúde, blindados dos microrganismos e contaminações. Acompanhe:
1. opte por produtos de higiene de qualidade:
Para sua rotina de higiene pessoal, utilize sabonetes e álcool em gel de qualidade. Saiba que produtos de procedência duvidosa, sem os registros da ANVISA, podem causar danos à pele, além de não eliminarem os microrganismos em totalidade.
2. lave as mãos adequadamente:
O sabão é a melhor maneira de eliminar vírus e bactérias da sua pele, pois é capaz de quebrar a camada que protege os microrganismos e, assim, matá-los.
3. seque bem as mãos após a lavagem:
Esta é uma prática tão importante quanto lavá-las, pois os germes se proliferam em ambientes úmidos.
4. tome banho todos os dias:
Se lavar antes de dormir e ao acordar é um hábito de higiene pessoal que favorece a saúde e o bem-estar. No entanto, lembre-se de tomar banhos rápidos, já que a água é um recurso cada vez mais escasso.
5. escove os dentes após as refeições:
Aqui, outro passo essencial na rotina de hábitos de higiene pessoal. Manter os dentes limpos é sinônimo de saúde, pois infecções dentárias podem se desdobrar em quadros infecciosos mais sérios e comprometer o corpo todo. Lembre-se também do uso do fio dental.
6. corte as unhas regularmente:
Cortar as unhas impede que a sujeira se acumule embaixo delas e também evita que encravem, causando micose e mau cheiro.
Qual a relação da higiene pessoal no trabalho em hospitais?
No século XIX, em Viena, um médico húngaro fez uma primeira – e importante – descoberta:
Ignaz Semmelweis percebeu uma discrepância interessante entre o atendimento em duas salas obstétricas do Hospital Geral de Viena, cujas instalações eram idênticas: uma delas era ocupada por estudantes de medicina do sexo masculino, enquanto a outra estava sob os cuidados de parteiras. Na sala atendida por estudantes de medicina, havia uma taxa de mortalidade de mulheres três vezes maior do que o local supervisionado pelas parteiras.
Semmelweis observou, então, que muitos dos jovens médicos saíam diretamente de uma autópsia de um cadáver para cuidar de mulheres grávidas, em uma época em que a higiene pessoal no trabalho sequer era discutida. Como luvas ou outras formas de equipamento de proteção não eram usadas na sala de necrópsia, não era incomum ver estudantes de medicina com pedaços de carne, tripas ou cérebros presos às roupas após o término das aulas.
Assim, Semmelweis constatou que a grande diferença entre a sala dos médicos e a das parteiras era que os médicos realizavam autópsias, e as parteiras, não. Os médicos eram a fonte de contaminação das mulheres que morriam de febre puerperal.
A higienização das mãos em ambientes hospitalares é fundamental para a proteção à saúde de profissionais e pacientes.
Após a conclusão, sobre a febre puerperal ser causada pelo “material infeccioso” de um cadáver, ele instalou uma bacia cheia de solução de cal e cloro no hospital e começou a salvar a vida das mulheres com três palavras simples: “lave as mãos”.
Aqueles que passaram da sala de autópsia para as salas de parto tiveram que usar a solução antisséptica antes de atender pacientes vivos. As taxas de mortalidade despencaram: em abril de 1847, o índice era de 18,3% pacientes. Um mês após início da lavagem das mãos ser instituída, em maio do mesmo ano, as taxas caíram para pouco mais de 2%.
Apesar dos bons números, somente após décadas é que essa noção básica de higiene pessoal no trabalho passou a ser uma prática nos hospitais e mais tempo ainda para ser um hábito entre as pessoas. Somente no início do século XX é que temos registro de um substancial melhora, com destaque para iniciativas e fabricação de produtos de higiene pessoal nos Estados Unidos.
Nós já preparamos um artigo específico sobre lavagens de mãos corretamente, que você também pode ler para saber mais sobre esse assunto.
A importância da higiene pessoal na medicina e na enfermagem.
Ao implementar a desinfecção das mãos antes dos partos, foi possível notar uma redução significativa no caso de mortes de pacientes. De lá pra cá, os procedimentos e os protocolos sanitários em espaços voltados à saúde foram bastante aprimorados, incorporando medidas cada vez mais eficientes.
Em hospitais, clínicas e consultórios, temos uma circulação de microrganismos muito maior ao mesmo tempo em que temos os pacientes que estão mais vulneráveis às contaminações. Por isso, a higiene pessoal – especialmente das mãos – tanto de profissionais da saúde, como de pacientes e de visitantes é primordial para o controle de doenças e infecções nesses espaços.
No entanto, mesmo sabendo de que as mãos contaminadas dos profissionais de saúde são o veículo mais comum de transmissão cruzada de agentes infecciosos, em muitos lugares a prática de lavar e higienizar as mãos com álcool em gel ainda enfrenta resistências.
Em um estudo, publicado na Revista Brasileira de Enfermagem, revela que o cumprimento desta medida de proteção básica possui uma baixa internacionalmente, com taxas médias de cumprimento inferiores a 40%.
Caso se interesse ainda mais sobre o tema, confira nosso artigo dedicado sobre os perigos das infecções hospitalares em ambientes de assistência á saúde.
Combata as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde com produtos de limpeza profissional.
Alguns fatores podem estar relacionados à baixa adesão, como a baixa qualidade dos produtos de higiene pessoal e falta de uma política interna de conscientização e estímulo à limpeza e cuidado com as mãos.
Executar corretamente a higiene das mãos, quer seja por lavagem com sabonete, quer seja pelo uso do álcool em gel, trata-se de uma ação que preserva e salva vidas.
Como aprimorar a higiene coletiva?
A limpeza e organização do ambiente de trabalho não é responsabilidade exclusiva da equipe de limpeza do local, sendo necessária a colaboração de todos os funcionários de forma coletiva e consciente.
Dessa forma, ser protagonista e agente ativo na organização de sua sala, mesa ou qualquer outro espaço em que trabalhe é essencial para a promoção da boa higiene coletiva.
Sendo assim, produtos e materiais de limpeza que auxiliem colaboradores na tarefa da “auto-organização” de trabalho passaram a ser necessários, com demanda de serem práticos e portáteis.
De acordo com a ISSA (International Sanitary Supply Association), a limpeza eficiente de ambientes institucionais ajuda a reduzir:
- 80% a chance de gripes ou resfriados;
- 62% a contaminação de vírus e bactérias em superfícies;
- 46% o absentismo em empresas.
- Assim, ele foi especialmente desenvolvido para atender as necessidades básicas de organizações que se preocupam com a limpeza e saúde coletiva.
Como é o mercado de higiene pessoal no Brasil?
Voltando ao Brasil, vale destacar que o setor de higiene e cuidados pessoais foi um dos únicos a atravessar a pandemia sem crise. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), em 2020, as vendas da indústria cresceram 5,8%. No primeiro semestre de 2021, houve nova alta, de 4%.
O hábito de tomar banho todos os dias é altamente disseminado entre os brasileiros.
Os dados reforçam um traço cultural do país: a maior preocupação com limpeza e cuidados pessoais em relação a outros lugares do mundo. Levantamento da Procter&Gamble (a famosa P&G), dona de marcas como Pampers e Oral B, comprovam essa diferença:
- os brasileiros e brasileiras tomam, em média, 8,5 vezes banhos por semana. Entre os norte-americanos, esse número é de 6,5 vezes;
- em se tratando do uso de desodorante, a distância entre os brasileiros e os norte-americanos é ainda maior: por aqui, usa-se em média duas vezes por dia. Nos Estados Unidos, é 1,2 vez;
- no quesito higiene bucal, as pessoas no Brasil escovam os dentes três vezes por dia, o dobro da média global.
Manipulação de alimentos e higiene das mãos em cozinhas e restaurantes.
Outro espaço que requer uma atenção maior à higiene das mãos é no qual ocorre a manipulação de alimentos. A higiene pessoal em cozinhas industriais, em frigoríficos, mercados, restaurantes, entre outros, trata-se de um requisito fundamental que reflete diretamente na qualidade dos alimentos.
A boa higiene na manipulação de alimentos é essencial para a preservação de nossa saúde.
Quando não há higiene correta das mãos – sem uso de sabonete ou álcool em gel -, a saúde é colocada em risco. A ingestão de comida contaminada por microrganismos pode provocar intoxicações alimentares, causando sintomas como vômito, diarreia e mal-estar, e até levar a quadros graves de infecções gastrointestinais.
Por isso, para envolver os profissionais que trabalham com a manipulação de alimentos, é preciso que fiquem claras as normas de higiene pessoal, é preciso que haja disponibilidade de produtos para limpeza e desinfecção de qualidade, sendo necessário investimento em treinamento, com informações, recursos e práticas de higiene aos colaboradores.
Com essa finalidade, em uma restaurante foi implantado um roteiro de inspeção dos colaboradores – antes e após o treinamento dos mesmos – para avaliar as mudanças ocorridas.
No resultado, foi possível verificar um aumento dos itens em conformidade após o término do treinamento: 18% em relação aos aspectos gerais de higiene pessoal, 70% no que diz respeito à lavagem de mãos, 49% em relação ao comportamento dos funcionários durante a manipulação, e 37% no item sobre uso e cuidados com os uniformes.
A conclusão não poderia ser outra: o treinamento foi capaz de gerar mudanças significativas em relação à higiene pessoal dos funcionários.
Para te ajudar a evitar problemas causadas por má higiene em cozinhas e restaurantes, preparamos esse artigo dedicado ao tema de contaminação cruzada.
+SAIBA MAIS: Higienização, armazenamento e preparo de alimentos.
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A evolução da higiene pessoal ao longo da história
Sabemos que, à medida que a humanidade evolui, novas necessidades vão surgindo e novas habilidades vão sendo exploradas. Ferramentas, formas de organizações sociais, culturais e econômicas são apresentadas. Assim, no século XVII, palco do Renascimento, um dos maiores movimentos culturais da história da humanidade, temos uma época de enriquecimento do pensamento, aliado a uma transformação profunda da atitude espiritual do homem.
O período consistiu em um momento de transição, no qual o homem ocidental impulsionou a ciência, fundamentada nos novos conhecimentos da física, da astronomia e das ciências naturais. As experiências científicas foram evoluindo e gerando novas descobertas, como das bactérias e das experiências de Pasteur, que contribuíram para novas concepções de sujeira corporal e urbana.
A partir de então, as cidades começaram a ser repensadas, organizadas e planejadas, havendo o início da preocupação com a higiene pessoal. Resíduos, como fezes e urina, deveriam sair das casas através de um cano parcial, que nas ruas se acoplariam a um cano comum ou principal, os primórdios do que conhecemos como rede de esgoto.
Na época, banhos eram escassos e de difícil acesso. O costume era apenas trocar de roupa apenas quando já se encontravam muito sujas, sem realizar qualquer limpeza do corpo. Como a maioria das moradias não tinha “casa de banho” – o banheiro é uma invenção de fins do século XIX -, a higiene individual dependia dos conceitos de limpeza de cada um, assim como dos criados disponíveis e incumbidos de carregar a água.
A relação com a higiene entre indígenas e portugueses no Brasil colonial.
Na viagem pela evolução da higiene pessoal, vamos descobrir – ou melhor – encontrar o Brasil. Na época da chegada dos portugueses e europeus puderam constatar que se tratava de um continente de gente limpa e saudável.
Em uma carta, Pero Vaz de Caminha fala sobre a higiene e destaca que os índios brasileiros eram muito superiores aos europeus nesse aspecto. Em um ambiente cercado de rios, com água abundante, os indígenas se lavavam e se refrescavam constantemente.
No entanto, à medida que as cidades brasileiras vão crescendo, cresce também o domínio por parte dos europeus. A exploração do País faz com que seus maus hábitos de higiene também sejam impostos, tomando conta dos espaços que começam a se urbanizar.
O historiador Eduardo Bueno escreve, em seu livro Passado à limpo, que
“Quando a família real chega ali, ela chega numa cidade insalubre, numa cidade virtualmente podre, uma cidade muito suja que os assusta. O cheiro que a própria cidade exala é terrível. Mesmo porque era ali, onde hoje é a Praça XV, no Centro, no coração do Rio, que o povo jogava os seus dejetos. Você imagina que para uma corte que nem essa se chocar – porque imagina, o Dom João era espantosamente sujo. Não há registro histórico que ele tenha tomado um único banho de corpo inteiro. Ele tinha várias afecções de pele, ele tinha coceiras, inclusive nas partes pudendas realmente. E ele vivia se coçando com a mesma mão que depois dava a beijar. A cerimônia do beija-mão era um horror para muitos dos cortesãos, que tinham que beijar aquela mão com a qual ele se coçava o tempo inteiro”.
Higiclear: fornecedora de produtos de limpeza e higiene pessoal
Para que a higiene pessoal possa ser realizada da forma mais eficiente em espaços como hospitais, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, a Higiclear é a distribuidora especialista no fornecimento de produtos e equipamentos de limpeza de alta performance para todos os segmentos empresariais.
Soluções eficazes, versáteis e econômicas em sabonetes e álcool em gel podem ser encontradas na Higiclear e melhor aplicadas por meio de nossa consultoria personalizada.
Com a criação de vários diferenciais em relação à concorrência, possuímos Inovadores Programas de Melhoria de Performance a serviço de nossos clientes, possibilitando práticas mais assertivas em limpeza e desinfecção de ambientes comerciais.
Esclarecer dúvidas, orientar e oferecer sempre o melhor em técnicas e produtos de limpeza profissional é a nossa missão na Higiclear. Conte sempre com a gente para fazer escolhas que atendam às necessidades de sua empresa.
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Até a próxima semana!
Referências:
